Foi um inesperado prazer receber o convite para julgar a Monográfica do Cão da Serra da Estrela – 2007; por pequenas (aos olhos de muitos), mas várias razões:

 

Ser uma raça da qual gosto e na qual estou envolvida há alguns anos, principalmente como comissária de ringue de alguns Juízes que me “ensinaram” o sentido estético desta raça magnifica, Ser muito “recente” enquanto Juiz da raça

Poder conviver com a raça no seu santuário – a Serra da Estrela

Poder participar da “Festa da Raça”, pois é assim que entendo as Monográficas.

 

Esteve um fim de semana terrível, o que à partida inibe a participação de expositores e público, terrível no sentido do mau tempo que se fez sentir, mas também porque pude verificar que houve um grupo de criadores que boicotaram ostensivamente a “exposição da raça” que também para eles deveria ser a mais importante.

Não me compete tecer grandes comentários, mas enquanto juiz, mas também criadora de uma raça de montanha fantástica, apenas direi a todos os amantes do Serra da Estrela que não há nenhum BOM MOTIVO que se interponha entre o cão a sua festa.

Julguei as classes jovens. Fiquei fascinada com dois babies que tive o prazer de apreciar. Equilibrados, harmónicos e cheios de atitude, com um movimento são e fácil.

Não encontrei problemas de maior, de qualquer modo julguei exemplares ainda “não feitos” e há pequenos detalhes que se finalizarão melhor. Houve duas cabeças que reputo de pouco típicas que não deverão ser seguidas e algumas fêmeas de pouca estrutura e ossatura, muito tímidas e nos machos alguns olhos claros.

Gostei particularmente da minha primeira fêmea da classe júnior, embora de tamanho pequeno, mas o meu julgamento é feito à data e não me sinto capaz de a imaginar mais tarde.

Digo muitas vezes que seria um enorme prazer rever alguns exemplares em adultos para confirmar os julgamentos e a minha imaginação, por isso mesmo essa fêmea e os dois babies incluem-se nesse lote de cães.

 Parabéns à organização, à forma como fui recebida, ao companheirismo do Dr. Manuel Loureiro Borges, juiz como eu, nesse dia e de toda a Direcção da Associação.

 

Maria Amélia Taborda

  

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