XVII Exposição Monográfica do Cão da Serra da Estrela – Sala de Conferências do

Hotel Serra da Estrela - Penhas da Saúde – 26 de Maio de 2007

Tema: Displasia da Anca

 

1ª Parte: Generalidades acerca da displasia da anca (definição, etiologia, patogenia, prevalência e sinais clínicos, diagnóstico e tratamento)

2ª Parte: Lassidão articular e displasia da anca na raça Cão da Serra da Estrela

3ª Parte: A selecção de reprodutores tendo em conta a displasia da anca

Autor: Mário Ginja – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

(alguma das imagens utilizadas na apresentação não são mostradas)

1ª Parte: Generalidades acerca da displasia da anca (definição, etiologia, patogenia, prevalência e sinais clínicos, diagnóstico e tratamento)

Definição

A palavra displasia é de origem grega em que “dys” significa anormal e “plassein” formar. Pelo que displasia da anca significa literalmente uma anormal formação da articulação coxofemoral.

Etiologia

È aceite unanimemente na comunidade científica que a displasia da anca é uma doença hereditária, pelo que os genes responsáveis pela doença passam dos pais para os filhos.

É considerada uma doença de natureza poligénica (contribuição de muitos genes) e aditiva (quantos mais genes, maior a probabilidade de se evidenciar e de se desenvolverem formas moderadas e graves). Contudo, também são conhecidos factoresambientais, como a idade, alimentação e actividade física que podem favorecer a manifestação da patologia nos animais geneticamente predispostos. A heritabilidade na raça do Cão da Serra da Estrela é de cerca de 0.40 (Ginja et al., 2005).

O diagnóstico é mais fácil de fazer nos animais mais velhos do que nos jovens, com a vida do animal a tendência é para os sinais radiográficos da patologia (má formação da articulação coxofemoral) se desenvolverem e tornarem mais evidentes. Assim é perfeitamente compreensível que um animal possa apresentar articulações radiograficamente normais aos 12 meses e evidenciar sinais de displasia mais tarde.

Animais alimentados ad libitum têm maiores probabilidade de desenvolver a doença do que animais geneticamente semelhantes com alimentação controlada. Este facto é mostrado num estudo de Kealy et al., 2000 em que utilizou 43 Labradores Retrievers em dois grupos. O primeiro grupo de 22 animais foi alimentado ad libitum, aos 8 anos de idade 15 dos animais mostraram sinais de displasia da anca; o segundo grupo de 21 animais teve uma alimentação controlada, em média recebeu menos 25% da alimentação e só 3 dos animais evidenciaram sinais de doença articular degenerativa aos 8 anos.

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 2ª Parte: Lassidão articular e displasia da anca na raça Cão da Serra da Estrela  

Introdução

Em 2002 foi estabelecido um protocolo de cooperação entre a Universidade de Trás-os-montes e Alto Douro (UTAD) e a Liga dos Criadores e Amigos do Cão da Serra da Estrela (LICRASE) para o despiste da displasia da anca na raça do Cão da Serra da Estrela, com uma duração prevista de três anos. Este protocolo teve desde o início a colaboração e cooperação da Associação Portuguesa do Cão da Serra da Estrela (APCSE) (Fig. 1).

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3ª Parte: A selecção de reprodutores tendo em conta a displasia da anca

Introdução

Tratando-se a displasia da anca no cão de uma doença hereditária de natureza poligénica, com uma heritabilidade estimada na raça Cão da Serra da Estrela de cerca de 0.40, a redução da sua prevalência e gravidade na raça pode ser conseguida com a selecção dos exemplares com melhores ancas para reprodutores. Estes animais terão uma menor carga genética que determina o desenvolvimento da doença.

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